sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Até um macaco aprende a usar...

Pois amigos, minha lavadora de roupas pifou, coitadinha, de pois de trinta anos de bons serviços. Resolvi trocá-la por um modelo mais novo, mas expliquei ao vendedor que eu estava à procura de uma que até um macaco pudesse usar. Não foi fácil. Todas vinham com os tais painéis digitais (só de ouvir essa expressão fico cheia de brotoejas), difíceis de entender e fáceis de enguiçar. Até que apontei para uma, humildezinha, escondida no canto da loja. Facílima de usar: três botões e uma rosquinha, para fazer tudo que eu preciso. Não há nada de digital nela (a não ser os meus dedos) e- aleluia!- ela faz tudo o que eu mando direitinho: lava, faz molho, enxágua, joga amaciante e centrifuga. E eu nem preciso ler o manual - está tudo escrito nos botões e na rosquinha! Simples e perfeita. Quem dera que todos os eletrodomésticos fossem assim... Beijão da Jô

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O Natal morreu!

Pois amigos, o Natal já era. Lamentavelmente morreu quando a Coca-Cola criou o Papai Noel, na década de cinqüenta. Desapareceu o presépio, ninguém mais vai à missa do Galo e as crianças sequer sabem o que se festeja nesta data. Nos EUA, inclusive, é proibido vincular o Natal a qualquer festejo religioso, para não afrontar as demais religiões.... Enfim, agora o Natal é só comilança e troca de presentes, com a figura simpática e corrupta do "bom velhinho" abençoando tudo. E o pior é o festival de hipocrisia: pessoas que se detestam são obrigadas, pela etiqueta ou pelo parentesco, a trocar beijinhos e presentes como se fossem verdadeiros amigos, transformando as reuniões familiares, ou de colegas, em perigosos berçários de hostilidades, de críticas veladas ou abertas, de melancolia, de bebedeiras e agressões físicas ou morais. São poucas as famílias, ou grupos, que conseguem se reunir sem que alguma destas mazelas se faça presente. Não é à-toa que a época é recordista em suicídios. O Natal deveria existir em nossos corações e mentes durante o ano inteiro, e não apenas no dia 25 de dezembro. Mas acho que só São Francisco foi capaz dessa façanha... Beijão da Jô

Feliz Natal?

Pois amigos, como todos sabem, Natal é aquela complicação, aquele corre-corre, aquele estresse de horrorizar baiano. Alguns até fogem dele, como outros fogem do Carnaval. Mas a maioria é obrigada a enfrentá-lo, por exigências sociais imperiosas. Bão, então o jeito é simplificar. Vamos começar pelos presentes: por que comprar coisas que você não sabe se o presenteado vai gostar? Dê algo de que todos gostam: comida. Faça uma linda cestinha de Natal com produtos bem escolhidos no supermercado, mesmo. Compre salgados, doces e uma bebida, que não precisa ser alcoólica, se a pessoa não bebe. Esse presente pode ser dado a qualquer amigo, parente, colega ou chefe. Pode até comprar aquelas cestinhas já prontas, de supermercado, mas insira nela algo de que o presenteado goste em especial: um CD, um vinho italiano, camisinhas com sabor, uma passagem para Cancun, uma bomba, etc. Ah, e simplifique a ceia, também. Aquela história de glu-glu já era. A carne de peru é muito sem graça. Que tal festejar o Natal com pizzas? Tem pizzaria que já manda o produto enfeitado. Depois é só caprichar na salada e nas cervejas. Pode-se festejar também com comida japonesa, se todos gostarem: um festival de sushis e sashimis. Seja ousado: crie a sua própria festa! Duvido que alguém esqueça um Natal desses... Beijão da Jô

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

KISS - keep it simple, stupid

Pois amigos, há algum tempo os criadores de softwares vem insistindo em um princípio que, creio, deveria ser adotado por todas as indústrias de eletrodomésticos e eletroeletrônicos: a filosofia do "KISS - keep it simple, stupid", ou seja, "Não Complique A Coisa, Seu Idiota", ou resumindo, "quanto mais simples, melhor". Todos eles perceberam que não estão criando programas para gênios, mas para pessoas comuns, como eu, que não estão dispostas a fazer um curso para aprender a usar tal ou qual programa de computador (já basta o Word...). Infelizmente essa tendência ainda não chegou à indústria dos eletrodomésticos. A lamentável tendência atual é enfeitá-los com funções que jamais usaremos. Por que um liquidificador deve fazer algo mais do que liquidificar? Para quê tantos controles na máquina de lavar roupas, se o que queremos é que ela lave e centrifugue as roupas? Por que um celular precisa de tantas funções absolutamente dispensáveis para quem quer apenas receber e fazer chamadas? Enfim, esses fabricantes estão complicando a nossa vida. Beijão da Jô

domingo, 21 de dezembro de 2008

O Grande Colisor de Hadrons


Pois amigos, alguns físicos lelés resolveram criar uma engenhoca (o Grande Colisor de Hádrons - LHC) capaz de recriar o Big-Bang, aquela explosão que criou o Universo, a fim de estudar o comportamento de algumas partículas atômicas quando se chocam à velocidade da luz. Para tanto gastaram três bilhões de euros para construir uma estrutura subterrânea de 27km2 na Suíça. Segundo esses malucos, seria possível até comprovar a existência de universos paralelos ao nosso... Entretanto, outros cientistas, apoiados por ecologistas, se posicionaram contra a idéia, garantindo que o tal Colisor provocaria o aparecimento de um "buraco negro"- fenômeno incontrolável que engole estrelas e até galáxias inteiras, com casca e tudo! A Terra seria tragada, juntamente com o Sol e os demais planetas, provocando o Apocalipse. Os físicos birutas retrucaram dizendo que, se ocorresse, seria apenas um desprezível furinho, com duração efêmera, e que não provocaria dano algum ao nosso planeta. O problema é que todo buracão começa com um desprezível furinho... Não sei se foi cagaço dos lelés ou sabotagem dos ecologistas, mas o LHC não chegou a entrar em funcionamento: deu um piripaque na rebimboca da parafuseta e houve um vazamento de hélio, que só estará consertado em meados de 2009, se a crise permitir. Até lá, vamos tratar de comer, beber e bailar... Se você quer saber mais sobre o LHC, acesse http://ciencia.hsw.uol.com.br/grande-colisor-de-hadrons.htm Beijão da Jô

sábado, 20 de dezembro de 2008

Pizza de pão


Por falar em fome, o que é uma pizza, afinal? Simplificando, é um pão coberto por molho de tomate e entulhos variados, coroado por orégano e queijo mussarela derretido. Ora pois, façamos uma pizza muito simples: pegue o pão de que você mais gostar, corte ao meio, umedeça com molho de tomate pronto, cubra com restos de geladeira (frango, carne, atum, sardinhas, presunto, ovos cozidos, etc.), enfeite com rodelas de cebolas, azeitonas, queijo mussarela picadinho, salpique orégano, um fio de azeite de oliva e leve ao forno para derreter o queijo. Fica bom, mesmo.

Comer pouco para viver muito



Por falar em comer pouco, já ouviram falar na Sociedade de Restrição Calórica? É mais uma maluquice americana que assegura longevidade aos que ingerem poucas calorias por dia, criação do gerontologista americano Roy Walford, baseado em experiências pessoais e de laboratório. O médico garante que uma dieta de menos de 1800 calorias para as mulheres e menos de 2000 calorias diárias para o homem pode prolongar a vida e manter a saúde. Os experimentos em macacos são impressionantes e parecem comprovar a veracidade da idéia: dois macacos com a mesma idade, o gordo é doentio e parece avô do macaco magro, que é saudável e conservado. A tal sociedade já tem 2000 adeptos magérrimos mas saudáveis (aparentemente). A minha dúvida é se também são felizes com essa dieta maluca... A reportagem completa está no site http://veja.abril.com.br/240107/p_082.html

Mulheres francesas não engordam

Pois amigos, os cientistas vivem quebrando a cabeça tentando entender o paradoxo francês: esse povo só cozinha com manteiga, come 320 espécies diferentes de queijo (cada um mais gordo do que o outro) não vive sem o pão baguette, prefere embutidos tipo presunto, adora chantilly, detesta academias e a taxa de mortes por problemas cardíacos e AVC é considerada baixa. Isto é, eles parecem imunes às conseqüências da ingestão de tanta gordura animal. Uma das hipóteses que tentam explicar o fenômeno faz a alegria dos bebuns: eles tomam vinho às refeições e o resveratrol contido na casca da uva é um elemento importante para manter o mau colesterol sob controle. Mas ainda não há provas cabais de que seja só isso. Agora a francesa Mireille Giuliano joga uma luz sobre o aparente mistério dietético francês em seu livro "As mulheres Francesas Não Engordam". Segundo ela, o povo francês aprendeu, depois de duas devastadoras guerras, a sobreviver com pouca comida. Eles não se privam de nada, mas consomem tudo em pequenas quantidades. Além do mais, como a maioria dos prédios franceses são antigos e não tem elevador, o pessoal sobe e desce escadas todos os dias e caminha muito, ou bicicleteia pela cidade afora, preferindo comprar gêneros frescos nos mercados em vez de freqüentar os supermercados. Cozinhar, para eles, é um hobby e uma paixão e - muito importante - eles saboreiam seus petiscos sem culpa e sem pressa... Quem sabe, o verdadeiro segredo seja só isso mesmo?
Beijão da Jô

Devagar e sempre

Pois amigos, há alguns anos uma tendência vem se desenvolvendo no mundo ocidental: o "living slow". Seus adeptos defendem uma atitude menos artificial e pressurosa em todos os acontecimentos diários, criando um tempo para saborear a vida devagar e apreciando todos os detalhes do cotidiano. Eles defendem um tempo sagrado para as refeições, que devem ser degustadas em lugares agradáveis e tranqüilos, constando de pratos simples mas atraentes para os olhos, o olfato e ao paladar. Durante a refeição, deve-se prestar atenção aos bocados que se leva à boca, mastigando com calma e saboreando o gosto do alimento e seus temperos. Nada de conversas à mesa, ou músicas estridentes, capazes de distrair a pessoa da sua conexão com a comida. É uma verdadeira meditação gastronômica. E nem pensar em pegar o carro e sair em disparada de volta para casa ou em direção ao trabalho. O ideal para os living-slowers é caminhar tranquilamente, observando tudo à sua volta. Esse movimento também estende-se às viagens, que devem ser longas o suficiente para que se conheça bem qualquer lugar novo: sua gente, seus costumes, seu folclore, etc. Enfim, cada viagem deve ser vivenciada como uma experiência única, e apreciada com calma e prazer. Mas não há nada de novo nesse posicionamento: esses princípios já eram defendidos pelo budismo há quase dois mil anos... Beijão da Jô
Para maiores informações a respeito do Living Slow, acesse http://www.slowmovement.com/

Por que um blog?

Pois amigos, há muitos anos tornei-me adepta da filosofia do "quanto mais simples, melhor" e, com base nisso, venho desenvolvendo mil e um artifícios para despir o meu viver de tudo aquilo que realmente não é importante, ainda que pareça. Eu chamo isso de "filosofia do caracol", pois a vida desse bichinho é um modelo de simplicidade: ele até carrega às costas a própria casa, onde guarda tudo de que precisa para viver. Este blog pretende apenas diverti-los com meus achados e perdidos a respeito desse posicionamento na vida. E se alguns desses achados lhes forem úteis, vou ficar muito envaidecida. Beijão da Jô